A prática esportiva desencadeia alterações fisiológicas e psicológicas por meio da liberação de determinados hormônios como a endorfina, que contribui para a melhora da disposição e do humor.
Quando o esporte é praticado em grupo, ou ao lado de alguém, pode aliar o prazer do exercício ao da companhia, ajudando a combater o desgaste que a rotina de treinos frequentemente acaba causando, além de propiciar um sentimento de inclusão, um compromisso, o que estimula o desempenho e o cumprimento de metas.
Quando esse grupo é a família, pode ajudar a estreitar as relações e estimular seus integrantes a lidar melhor com os limites, as diferenças, os variados papéis dentro “do time” e de casa. Contribui para a visualização dos estilos de liderança, disputa, competição e cooperação dentro do grupo familiar em outro contexto, no qual os resultados são mais rápidos e visíveis. No esporte ou no lar, todos têm funções importantes para o sucesso.
Enfrentar obstáculos, superar objetivos, encarar a frustração das derrotas, comemorar as vitórias: tudo proporciona o fortalecimento de laços. O esporte, por ser uma atividade de lazer, também permite que os integrantes da família passem mais tempo juntos. Por todas essas razões, é muito interessante que clubes e hotéis ofereçam atividades de equipe que possam ser desenvolvidas em família.
As vantagens do esporte em família encontram-se intimamente relacionadas com a escolha natural da atividade, bem como a participação espontânea de cada membro, em cada fase da vida. Para ser bom não pode ser imposto, não pode haver pressão. No time todos são iguais, apenas com aptidões e funções diferentes, devendo-se respeitar a idade e habilidade de cada um.
Alguns pais cobram demais, pressionam demais, valem-se do papel de pai ou mãe para ter razão ou ganhar. Nesses casos a atividade perde o aspecto agradável prevalecendo um nocivo clima de tensão. Também tem que haver flexibilidade, até porque as pessoas, principalmente os jovens, mudam de ideia, de preferências. Abandonar uma modalidade de esporte, ou um esporte praticado em família, não é o mesmo que abandonar a pessoa ou a família. Filho é filho e não substituto de companhia.